segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A BATALHA DE DAVI E GOLIAS


Algumas narrativas bíblicas evidenciam fatos pretéritos que narram histórias e personagens que encararam os medos e que de alguma forma se repetem nos diversos cenários da vida cotidiana.

Uma delas diz respeito a um jovem pastor de ovelhas, chamado Davi, o menor dos irmãos, que fora visitar os irmãos em um campo de batalha em que o povo judeu estava prestes a enfrentar os temerários Filisteus.

Os exércitos haviam montado acampamento e estavam posicionados para a batalha. Ao longo de vários dias esses adversários se observavam mutuamente. E então um guerreiro filisteu de 2,90 metros de altura, de forte vigor físico, chamado Golias, fortemente armado, passou a avançar todos os dias para o centro do campo de batalha e a gritar para as tropas de Israel.

Ele desafiava algum homem do exercito israelita a lutar com ele. E não seria apenas uma luta entre dois homens, mas seria a luta que definiria o resultado da guerra.

Os israelitas temiam diante dos brados do Filisteu. Ao ouvir aquele desafio rotineiro, Davi ficou indignado e se dispôs a enfrentá-lo. A iniciativa se afeiçoaria a loucura, com chances remotas de vitória de um franzino pastor de ovelhas vencer qualquer duelo com um gigante profissional em amedrontar as forças adversárias, em desestabilizar qualquer levante inimigo.

O final desta historia todos já conhecem. Traços do texto trazido acima foram utilizados por um jovem procurador do MPF que dicidiu lutar contra o sistema corrupto governamental do país. Deltan Dallagnol, em uma palestra, falava sobre os medos de enfrentar os grandões com a força-tarefa da Lava-Jato.

Para policias militares e principalmente para os representantes de classe, o breve relato ganha outra conotação, não tão diversa posto que ainda trata-se dos “medos” de lutar.

Por tanto tempo, praças das Policias Militares do Brasil tiveram seus direitos ocultados frente aos interesses de uma classe dominante e opressora dentro dessas Instituições. Interesses esses que são diversos aos interesses do bem comum, aos interesses da população e da Segurança Pública.

Em Sergipe, presenciamos casos de praças submetidos a determinações conflitantes acerca da interposição de Atestados Médicos no ceio da Corporação, prisões de praças com flagrante ilegalidade, ameaças, assédios, abusos de autoridade, improbidades administrativas. E o policial não tem o direito sequer de questionar o ato administrativo, não tem o direito sequer de sanar dúvidas acerca de um direito violado, pois imediatamente é transferido de sua unidade, que não é motivado nem pelo interesse pessoal do policial e muito menos pelo interesse do serviço público.


Com isso queremos falar aos associados que precisamos de mais “Davis” que se indignem, mas que se disponham a ir para a batalha, pegar as suas armas e partir para vencer os “Golias” que trabalham na supressão de nossos direitos. Vencer os medos, ter fé, acreditar em si, para superar os desafios e promover a justiça escrevendo uma nova história para a Classe que ainda não descobriu a força que tem.

Ascom

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